quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Aniversário de São Paulo !!!!!!

Para comemorar o aniversário da nossa ilustra cidade, nada melhor que ressaltar um dos mais grandiosos e significativos edifícios da nossa história, o Edifício Sampaio  Moreira.
Considerado o primeiro arranha-céu de São Paulo, o edifício Sampaio Moreira foi inaugurado em 1924 com seus 13 andares e 50 metros de altura. Localizado na Rua Líbero Badaró, sua construção inaugurou um novo padrão de edificações rompendo com a horizontalidade da cidade.
Projetado pelo arquiteto Cristiano Stockler das Neves, que convenceu o comerciante José de Sampaio Moreira a bancar uma iniciativa civil de significativa magnitude para época, o edifício foi implantado a dedo de modo que ficasse de frente para o espaço entre dois pavilhões gêmeos do parque do Anhangabaú, já demolidos.
Sobre o edifício algumas considerações podem ser feitas:
“(...) na década de 20 floresceu uma segunda etapa do Ecletismo- não mais o historicista, mas um Ecletismo fixado na decoração, sem evocações, e mais atento às vantagens das novas técnicas construtivas, especialmente o concreto armado. (...) Foi o estilo de espírito eclético que se adaptou aos novos programas dos edifícios em altura, porque as novidades agora eram os prédios comerciais de escritórios e os apartamentos residenciais.
Houve quem procurasse adaptar à nova programação dos prédios altos o receituário historicista como Cristiano das Neves que, no edifício da Rua Líbedro Badaró, de treze pavimentos mais o ático, denominado “Sampaio Moreira” e inaugurado em 1924, insistiu no estilo Luis XVI, usando, inclusive, pequenas janelas, não tomando partido das possibilidades dos grandes vãos que o concreto lhe permitia. Mas o corrente posicionamento dos arquitetos foi aquele que aconselhava discreta decoração entre as vidraças e um “coroamento” da obra com alguma cimalha mais trabalhada amparando alguma alegoria ou ornamento moldado em cimento. Nunca o paramento vertical era interrompido em sua uniformidade de baixo a cima, como fez Cristiano das Neves em seu prédio “Sampaio Moreira” pegando em meia altura um saliente balcão. Em fim um critério de composição rarissimamente usado ”. (LEMOS: 1999, p.99)
Além disso, o projeto inaugurou o conceito de aranha-céu em SP, vindo das cidades norte-americanas, principalmente Nova Iorque e Chicago, abrindo porta a pensamentos como o de Henri Louis Sullivan, considerado pai dos aranhas céus. (texto retirado da minha pesquisa de graduação em arquitetura e urbanismo, protegido por direitos autorais)















segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Projeto vencedor para o Rio de Janeiro 2016

Na postagem de hoje vamos falar sobre o "Concurso Internacional para o Plano Geral Urbanístico do Parque Olímpico Rio 2016, coordenado pela Empresa Olímpica Municipal em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). Desenvolvido pela consultoria inglesa AECOM, o projeto define como serão ocupados os espaços públicos, praças e parques, além da disposição das instalações permanentes e temporárias e dos futuros empreendimentos imobiliários a serem construídos na área. Neste primeiro momento, o plano é conceitual. Seu detalhamento será feito ao longo dos próximos meses pela AECOM em conjunto com os entes envolvidos na construção do parque." (fonte)






     Interessante notar que, este é um dos vários concursos vencido por arquitetos estrangeiros no rio de janeiro, e o fato permanecerá enquanto a maior parte do pensamento arquitetônico brasileiro continuar a promover apenas soluções lecorbusianas, ignorando os novos  parâmetros tecnológicos e principalmente sociais. 
     Para melhor ressaltar essa situação nada melhor do que exemplos. O museu do som e imagem, quem ganhou o concurso foi o escritório novaiorquino Diller Scofidio + Renfro., deem uma olhadinha nas propostas brasileiras, nas minha opinião foi merecido o primeiro lugar, apesar de gostar bastante do projeto do Libenskind e do Brasil Arquitetura. Outro exemplo é o museu do amanhã, projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, esse nem precisou de concurso. 
     Agora peguemos o anexo da FGV, apesar do projeto ter um atraso de quase 10 anos, em termos gerais a grandiosidade não nos persegue e nem ao menos instiga a nossa curiosidade. Claro, sem querer tirar nenhum mérito do nosso grande mestre brasileiro Oscarsão, umas vez que seus projetos podem ser escalonados numa linha do tempo de mais de 75 anos (olhem o seu site). 
   Enfim, um assunto para se pensar, apesar de possuirmos arquitetos de  grande prestígio, somos bombardeados nas faculdades com soluções que já não condizem com a realidade, além de termos que aguentar dia e noite as velhas fachadas "neoclássicas" das construtoras, que tentam agradar as pessoas através de uma construção sem nexo algum. Arquitetos do meu Brasil cade a vossa originalidade, cade a vossa contemporaneidade !?
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...